Pergunte e nós respondemos!
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Este sítio web foi pensado para os grupos de risco assinalados no menu de navegação.
Damos informações selecionadas e precisas, sugerimos links, propomos questionários e damos a possibilidade de deixarem questões para oportuna resposta. Vivemos numa sociedade cheia de riscos. Há grupos sociais mais frágeis como as crianças, os jovens, os idosos e as mulheres, que são mais suscetíveis de serem maltratados ou de entrarem num mundo hostil ao seu próprio eu e, por consequência, de verem as suas vidas ondularem num mar de desassossego, seja por razões das circunstâncias da vida, seja por causa doutros seres humanos. Desde sempre o ser humano sofreu no corpo e na mente as ações violentas e desprezíveis de outros seres humanos. Existe na sua natureza algo que a liga estreitamente aos outros animais e que vem dos tempos primordiais da evolução das espécies. É o instinto de sobrevivência, ligado ao desejo de domínio do poder e à necessidade da extroversão sexual que moram nas estradas misteriosas das redes neuronais da nossa mente e que, muitas vezes, extravasam, dominados pela agressividade, sobre os mais frágeis. A ideia platónica de que o ser humano é capaz de controlar estas vontades instintivas e de usar de uma precisão racional, lógica e sempre moralmente correta é irrealista. O neurocientista português, António Damásio, mostrou que as emoções estão sempre presentes, mesmo quando parecemos usar em exclusivo a lógica racional. Aquela verdade do passado que nos definia como seres racionais está, mais do que nunca, posta em causa. Temos a marca dos instintos mais primários interligada com o desejo da perfeição imortal das virtudes. Como dizia o filósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), porque o ser humano não tem uma vontade santa, tem que se obrigar a cumprir a lei moral, através dum imperativo categórico, que o obrigue a agir em prol do bem comum. Contudo, esse lado instintivo e emocional por si só, não é negativo. Só o é, quando lesa física ou psicologicamente o ser humano. Podemos esperar que o ser humano deixe de maltratar o seu semelhante? Não. Devemos deixar que o ser humano maltrate o seu semelhante? Também não. Na sua dimensão política, o ser humano deverá criar legislação para proteger os mais frágeis; deverá ter um sistema judicial que penalize os infratores; deverá haver um sistema policial que seja verdadeiramente vigilante e eficaz; deverão ser criadas e apoiadas instituições de apoio social… Todos temos o dever de ajudar quem mais precisa. |
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