Obesidade
Depois do tabagismo, a obesidade é considerada como a segunda causa de morte passível de prevenção!
A obesidade é uma doença! Mas, é uma doença que constitui um importante fator de risco para o aparecimento, desenvolvimento e agravamento de outras doenças. Há tantas pessoas obesas a nível mundial que a Organização Mundial de Saúde (OMS) considerou esta doença como a epidemia global do século XXI.
O que é a obesidade?
De acordo com a OMS, a obesidade é uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afetar a saúde.
É uma doença crónica, com enorme prevalência nos países desenvolvidos, atinge homens e mulheres de todas as etnias e de todas as idades, reduz a qualidade de vida e tem elevadas taxas de morbilidade (doenças causadas por esta doença) e mortalidade.
Quais são os tipos de obesidade?
Obesidade Andróide, Abdominal ou Visceral - quando o tecido adiposo acumula-se na metade superior do corpo, sobretudo no abdómen.
É típica do homem obeso. Está a associada a complicações metabólicas, como a diabetes tipo 2 e a doenças cardiovasculares, como a hipertensão arterial, a doença coronária e a doença vascular cerebral. A associação da obesidade a estas doenças está dependente da gordura intra-abdominal e não da gordura total do corpo.
Obesidade do tipo Ginóide - quando a gordura se distribui, principalmente, na metade, na metade inferior do corpo, particularmente na região glútea e coxas. É típica da mulher obesa.
Obesidade Generalizada ou Difusa - a gordura distribui-se por todo o corpo.
O que causa a obesidade?
O peso excessivo resulta da combinação de uma série de fatores:
- genéticos - crianças cujos pais são obesos tendem a ter um peso excessivo;
- sexo - os homens têm mais massa muscular e menos gordura corporal; queimam 15 a 20% mais calorias do que as mulheres em descanso;
- Idade - com a idade diminuem as necessidades calóricas;
- Consumo de tabaco ou drogas;
- Inatividade física;
- Ausência de um correto regime alimentar - dieta hiperenergética;
- Problemas de saúde - hipotiroidismo, diabetes, ...
Consequências da Obesidade
- limitações de mobilidade;
- infeções na pele;
- lesões nos membros inferiores;
- valores de colesterol elevados;
- dificuldade respiratória;
- fadiga;
- infertilidade;
- carcinomas na próstata, cólon, mama...
- perda de auto-estima;
- isolamento social...
Como se previne a obesidade?
- Dieta alimentar equilibrada ao longo de toda a vida;
- Atividade física regular;
- Modo de vida saudável.
Como se diagnostica a obesidade no adulto?
A obesidade e a pré-obesidade nos adultos são avaliadas pelo Índice de Massa Corporal (IMC). O resultado é comparado com uma tabela que indica o grau de obesidade do indivíduo.
No caso de ter necessidade de calcular o seu IMC, clique no link abaixo:
http://www.roche.pt/emagrecer/calculadoras/calcimc.cfm
Como se diagnostica a obesidade nas crianças e nos adolescentes?
O diagnóstico de excesso de peso e de obesidade em função do IMC em crianças e adolescentes não é aplicável com as regras do adulto (acima dos 20 anos), devido às características dinâmicas dos processos de crescimento e de maturação que ocorrem durante a idade pediátrica.
Nas crianças e adolescentes, os critérios de diagnóstico dependem da comparação do peso do paciente com curvas padronizadas, em que estão expressos os valores normais de peso e altura para a idade exata do indivíduo.
Qual é o tratamento adequado para a obesidade?
Um paciente obeso, antes de iniciar qualquer medida de tratamento, deve realizar uma consulta médica no sentido de esclarecer todos os detalhes referentes ao seu diagnóstico e as repercussões do seu distúrbio.
O tratamento médica para a obesidade passa por:
- dieta de baixas calorias;
- modificação comportamental (reeducação alimentar);
- aumento de atividade física orientada;
- uso de fármacos anti-obesidade (quando as modificações anteriores não surtem efeito).
Que tipos de benefícios se pode esperar com a perda de peso?
- melhoria da qualidade de vida;
- redução da mortalidade;
- contribui para a melhoria das doenças crónicas associadas;
- melhoria do controlo glicémico (nível de açúcar no sangue);
- redução da tensão arterial e dos níveis de colesterol;
- diminuição das dificuldades respiratórias;
- benefícios na apneia do sono e na sonolência diurna;
- melhoria dos problemas osteoarticulares.
Obesidade Infantil em Portugal
Nos últimos anos, numerosos estudos têm sido realizados para descobrir as verdadeiras causas da obesidade infantil. A maioria destes estudos têm identificado os erros nos hábitos alimentares como sendo o principal fator responsável por causar obesidade nas crianças. Além disso, a falta de atividade física bem como outros fatores genéticos têm sido identificados como principais razões por trás ganho de peso repentino em crianças.
Segundo a Comissão Europeia, Portugal está entre os países europeus com maior número de crianças com excesso de peso: 32% das crianças portuguesas entre os 6 e os 8 anos têm excesso de peso e 14% são obesas. Segundo o último estudo conduzido pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) revelado em 2011 na Conferência Internacional sobre Obesidade Infantil: mais de 90% das crianças portuguesas come fast-food, doces e bebe refrigerantes, pelo menos quatro vezes por semana. Menos de 1% das crianças bebe água todos os dias e só 2% consome fruta fresca diariamente. Quase 60% das crianças vão para a escola de carro e apenas 40% participam em atividades extracurriculares que envolvam atividade física. A obesidade infantil está associada ao desenvolvimento de graves problemas de saúde como a diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, asma, osteoartrite, osteoporose, colesterol elevado, apneia do sono, problemas ginecológicos, ortopédicos e psicológicos. Prevê-se que os índices de mortalidade aumentem na idade adulta na próxima década, caso não sejam tomadas as medidas necessárias para travar o avanço da epidemia, pondo em causa a atual esperança média de vida.
Fonte: http://www.apcoi.pt/obesidade-infantil/
Causas da Obesidade Infantil
A etiologia da obesidade é multifactorial, sendo a maioria dos casos de causa exógena. As síndromes genéticas e as doenças endócrinas são responsáveis apenas por 1% da obesidade infantil. Alguns estudos concluem existir 5 a 25% de responsabilidade genética na ocorrência de obesidade, desta forma o risco de obesidade é de 9% quando nenhum dos pais é obeso, 50% quando um dos progenitores é obeso e 80% quando os dois progenitores são obesos.
Contudo, são os fatores ambientais, nomeadamente comportamento alimentar e exercício físico, que exercem a maior influência na magnitude da expressão clínica da doença. A maioria das crianças come muito e mal! Fazem uma alimentação com baixo consumo de fibras (poucos vegetais e fruta) e com excesso de açúcar (refrigerantes, bolos, doces…), gorduras saturadas (batas fritas de pacote) e sal. A esta alimentação desequilibrada associa-se o sedentarismo e a reduzida prática de exercício físico, a qual pode ser atribuída: diminuição de espaços livres apropriados para atividades ao ar livre, associado a um aumento da insegurança, que favorecem a permanência em casa e ao aparecimento de actividades lúdicas mais sedentárias e acessíveis a uma grande parte da população, entre os quais a televisão e os jogos electrónicos, os jogos de computador.
Fonte: http://www.hevora.min-saude.pt/docs/pediatria/Obesidade%20Infantil.pdf
Alimentação Infantil
Uma alimentação equilibrada numa criança deve, tal como no caso dos adultos, observar as regras mais básicas da alimentação saudável. No caso das crianças muito pequenas, obviamente o mais importante é que o aleitamento materno se prolongue até aos 6 meses pelo menos. Uma criança deveria ingerir sopa de legumes ao almoço e ao jantar impreterivelmente, comer peixe ou pescado pelo menos uma vez por dia e de vez em quando peixes gordos (2 vezes por semana), 3 peças de fruta, cerca de meio litro de leite ou substitutos e aproximadamente cinco refeições por dia com intervalos de 3 horas e meia.Exemplos de lanche saudável pode ser um iogurte liquido com uma maçã e ½ pão escuro com queijo flamengo ou ½ colher de sopa de compota, por exemplo…… A partir de um ano de idade e até aos dois anos é importante que a criança realize 4 a 5 refeições por dia que cubram todas as suas necessidades nutritivas. Depois do ano de idade deve iniciar-se a introdução de verduras cruas sob a forma de salada, tomate, alface, cenoura,...será também de incluir a partir desta altura legumes em purés ou inteiros por exemplo misturados com arroz, batata, massa...Nesta etapa as necessidades diárias de alimentos são aproximadamente:
Leite e substitutos: 600 ml
Carne, peixe ou ovo: 70-100 g
Pão ou equivalentes: 40-60 g
Batatas, arroz, massa: 200 g
Verduras e saladas: 200 g
Frutos: 200 g
Azeite, manteiga: 20 g
Fonte: http://goprod.dgs.pt/PresentationLayer/textos01.aspx?cttextoid=362&menuid=233&exmenuid=190
Finalizando, dada a sua prevalência crescente e as consequências para o futuro, a obesidade da criança e do adolescente necessita de uma intervenção urgente. A prevenção da obesidade infantil é essencial! É fundamental a promoção de uma nutrição equilibrada, a redução do sedentarismo e a prática regular de exercício físico.
Apelo à atenção dos pais para educar e prevenir os seus filhos, não só no sentido de terem uma alimentação saudável, mas também acautelar contra a publicidade maliciosa que ilude e promove o estilo de vida sedentário e uma alimentação desequilibrada, devemos todos combater assim, esta epidemia que afeta milhares de crianças em todo o mundo.
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