Segundo os censos de 2001 havia, em Portugal, mais de 635 mil pessoas com algum tipo de deficiência. Só isto mostra a dimensão deste grupo de pessoas e a necessidade de se encarar de frente esta realidade, sem a escamotear, nem fazer de conta que ela não existe. Todos nós temos o dever de ajudar estas pessoas a viverem o seu dia-a-dia duma forma digna e com as condições necessárias à sua integração familiar e social. Sabemos que as outras pessoas, duma maneira geral, evitam e fogem mesmo às relações sociais com as que têm deficiência. Temos a sensação de que quanto maior é a deficiência maior é o afastamento dos outros. São várias as razões para este afastamento: não saber como lidar com essas pessoas com determinados tipos de deficiência; ser-se confrontado com as limitações humanas; ser uma realidade algo estranha do que se considera ser a normalidade; não se querer pensar no assunto, fundamentalmente, por medo de que possa acontecer o mesmo; etc. Temos o dever de mudar estas resistências. E isso compete a todos: ao estado, às empresas, às escolas, às diversas instituições sociais, culturais, recreativas, desportivas e, também, ao cidadão comum. Devemos sempre pensar: e se estivéssemos no lugar da pessoa com deficiência? |
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