Enfisema Pulmonar
O Enfisema Pulmonar ou Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é uma doença degenerativa que desenvolve-se na terceira idade, após muitos anos de exposição ao cigarro ou outras toxinas presentes no ar. É uma doença crónica, na qual os tecidos dos pulmões são gradualmente destruídos.
O processo inicia-se nos alvéolos e posteriormente atinge outras áreas fazendo com que a saída do ar dos pulmões seja mais difícil devido a perda de elasticidade do pulmão. Como resultado, a pessoa passa a sentir falta de ar para realizar tarefas ou exercitar-se.
A quase totalidade dos casos são causados pelo tabagismo. Poucos casos são devidos à deficiência de alfa-1-antripsina, que é uma enzima produzida pelos pulmões. Cerca de 10-15% dos fumadores mais suscetíveis ao efeito nocivo do fumo é que desenvolvem a doença. À medida que vão queimando cigarros, os fumadores vão piorando a sua capacidade pulmonar.
Sintomas
A principal característica da doença é a falta de ar. Na maioria das vezes, são tabagistas de longa data, que, em torno dos 65 anos de idade, passam a sentir falta de ar ao fazer esforços. A falta de ar no início só é notada para os grandes e médios esforços (subir escadas ou caminhar são exemplos). Mantendo o hábito de fumar, poderão chegar a uma fase mais avançada da doença, em que falta de ar surge com tarefas simples como tomar banho, vestir-se ou pentear-se, por exemplo. Neste momento muitos tornam-se incapacitados para o trabalho e passam a maior parte do tempo na cama ou sentados para não sentir falta de ar. A pessoa poderá também experimentar a necessidade de dormir com travesseiros mais altos por causa da falta de ar. A tosse e a chiadeira no peito também podem ocorrer, mas são mais frequentes nos fumadores, assim como a bronquite crónica.
Já nos casos de enfisema pulmonar por deficiência de alfa-1-antitripsina (enzima produzida pelo pulmão), a doença desenvolve-se mais cedo, mesmo sem exposição ao fumo.
Com o tempo pode surgir:
• agravamento da falta de ar
• pieira (“chiadeira no peito”)
• tosse
• sensação de aperto torácico
• um tórax distendido, em forma de barril
• fadiga constante
• dificuldade em dormir
• perda de peso.
Diagnóstico
O médico faz o diagnóstico, na maioria dos casos, baseado na longa exposição ao tabaco referida pelo doente, associada às queixas e às alterações detetadas no exame físico. Pode haver auxílio de exames complementares, como exames de imagem (radiografia, tomografia e tomografia computadorizada do tórax), exames de sangue e espirometria. Este é um teste de função pulmonar que mede a capacidade de ar dos pulmões, dando uma boa ideia do seu funcionamento. Os exames complementares ajudam a estabelecer o nível de gravidade da doença e portanto, auxiliam na decisão do melhor tratamento para cada caso. Para os casos de enfisema por deficiência da alfa-1-antitripsina, é necessário o doseamento desta enzima no sangue, que estará abaixo do normal.
Tratamento
Alguns casos podem ter melhoria parcial com o uso de medicamentos. Podem ser usados corticóides ou broncodilatadores, por via oral ou inalatória. A via inalatória é a preferida por ter efeito mais rápido e contabilizar menos efeitos indesejáveis. Nas emergências, os medicamentos endovenosa também podem ser utilizados. As pessoas com enfisema pulmonar não costumam melhorar ou têm pouco benefício com uso de broncodilatadores.
Prevenção
Não há maneira, até agora, capaz de definir os indivíduos que serão suscetíveis ao desenvolvimento da doença com o hábito de fumar. Quantos mais cigarros por dia ou mais anos fumando, maior a hipótese de desenvolvimento da doença. A forma de se prevenir é não fumar. A interrupção do consumo de tabaco também é benéfica, em qualquer fase da doença, na medida em que pode estancar a progressão da mesma, embora não reverta a doença já estabelecida.
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